Qual o papel da mídia frente aos direitos humanos? Como ela pode colaborar para garantir que os direitos dos cidadãos sejam exercidos plenamente? Estas questões estarão em debate no Seminário Mídia e Direitos Humanos, que será realizado na Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom), nesta quinta-feira (dia 26 de agosto), das 9 às 18 horas, sob a coordenação do Prof. Giovandro Ferreira. O evento vai discutir o Plano Nacional de Direitos Humanos, elaborado pelo governo federal com participação da sociedade civil e as polêmicas que giram em torno do papel da mídia desenhado no documento. Também vai abordar como a mídia brasileira e baiana vem cobrindo e mediando as questões ligadas aos direitos, principalmente aqueles relacionados à diversidade (raça, gênero, geração, classe etc).
O seminário será aberto com uma análise sobre o contexto brasileiro da mídia e dos direitos humanos, conduzida por especialistas de renome, como Fábio Santos, secretário nacional de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Edgar Rebouças, professor de Comunicação da Universidade Federal do Espírito Santos e coordenador do Observatório Regional de Mídia e Direitos Humanos; e Cicília Peruzzo, professora de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp).
Na parte da tarde, a mídia baiana estará em foco em duas mesas. A primeira apresentará uma série de experiências que vêm sendo desenvolvidas na Bahia por organizações sociais, universidades e poder público. Rodrigo Nejm vai relatar o trabalho da organização Safernet Brasil no combate à pedofilia na internet; Paulo Rogério, do Instituto de Mídia Étnica, vai apresentar como a mídia local tem retratado as questões de raça em Salvador, maior capital negra do país; Daniella Rocha, da organização CIPÓ – Comunicação Interativa e membro do Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC) vai abordar como alguns programas locais de TV em Salvador vêm contribuindo para garantir ou violar direitos humanos; e Sivaldo Pereira vai apresentar um estudo sobre indicadores de direito à comunicação no Brasil, elaborado pela organização Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
A outra mesa será dedicada ao Ministério Público da Bahia, que abordará como o órgão vem se relacionando com a mídia, principalmente em relação à garantia dos direitos de crianças e adolescentes, cuja palestra será conduzida pela promotora Márcia Guedes; sobre o controle das atividades policiais na Bahia, a cargo da promotora Isabel Adelaide. O Seminário Mídia e Direitos Humanos é promovido pelo Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC), órgão complementar da UFBA, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, da Faculdade de Comunicação, em parceria com as organizações sociais CIPÓ e Intervozes. O CCDC promove estudos, pesquisas, formação e extensão na área de comunicação e direitos humanos.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
PÓS-GRADUANDOS DE DIREITO REALIZAM CONGRESSO NA UFBA
O Centro de Cultura Raul Chaves (auditório da Faculdade de Direito da UFBA) abriga desde esta quarta-feira (18 de agosto) a realização do I Congresso Baiano de Pesquisadores em Direito (CBPD). Trata-se de um evento multidisciplinar de iniciativa dos estudantes do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFBA, com o objetivo geral de fomentar a reflexão sobre o conhecimento jurídico entre os diversos profissionais do Direito e acadêmicos, além de divulgar as linhas de pesquisa do PPGD, que serviram de base para a definição da estrutura do evento. O encontro, que discute o tema geral “Reconstruindo os direitos fundamentais: uma abordagem contemporânea”, se estende até sexta-feira (20). O congresso é dividido em seis módulos organizados de modo a permitir a participação dos integrantes das diversas linhas do PPGD: Direito Penal, Direito Privado, Teoria Geral do Direito, Direito do Estado e Internacional, Direito do Trabalho e Processo Civil. Em cada módulo, além de professores convidados, mestrandos e doutorandos também serão expositores. Informações mais detalhadas podem ser obtidas por meio do acesso ao blog do evento: http://www.congressodireito.blogspot.com/, pelo telefone 071-3247-1257 e pelo email cbpd.secretaria@yahoo.com.br.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
CONGRESSO MUNDIAL DISCUTE DIREITOS DOS ANIMAIS EM SALVADOR
Entre os dias 25 e 28 de agosto, Salvador sediará o II Congresso Mundial de Bioética e Direitos dos Animais, que este ano terá como tema central as “Perspectivas para a vida em um planeta em mudança”. Organizado pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFBA e pelo Instituto Abolicionista pelos Animais, terá solenidade e conferência de abertura no Salão Nobre da Reitoria e as demais atividades em auditórios do Campus de Ondina (PAF 1, 3 e 5). O congresso pretende enfrentar, sob um enfoque transdisciplinar, questões morais e jurídicas cruciais de nosso tempo, tais como mudança climática, energia nuclear, ecologia profunda, células-tronco, aborto, eutanásia e direitos dos animais. Durante o evento serão celebrados convênios com universidades estrangeiras que permitirão o intercâmbio de professores e estudantes baianos, possibilitando a democratização e o incremento do conhecimento científico.
Com efeito, o Brasil não poderá consolidar sua vocação de liderança no cenário global se seus intelectuais e cientistas não tiverem a oportunidade de produzir conhecimento de qualidade sobre problemas que já estão há muitas décadas na agenda das nações desenvolvidas. O aborto, por exemplo, há muito exige uma solução, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que no Brasil duzentas mil mulheres são hospitalizadas, a cada ano, por complicações decorrentes de abortos clandestinos, o que significa uma em cada cinco em idade fértil. Em recente artigo, a revista “Time” adverte que, apesar dos esforços do Governo Federal, os índices de mortalidade materna permanecem estagnados há 15 anos, o que está intimamente ligado aos abortamentos clandestinos.Outro tema importante é a utilização da energia nuclear como fonte alternativa para o enfrentamento do aquecimento global, posição que sempre foi combatida pelos ambientalistas, mas que vem sendo defendida por James Lovelock, considerado um ecologista radical. Por outro lado, os direitos dos animais têm se constituído em um dos mais polêmicos debates da atualidade e cientistas ao redor do mundo já reconhecem que o Brasil vem tendo papel de destaque na matéria, ao lado dos EUA e da Espanha, onde recentemente o Parlamento da Catalunha proibiu as tradicionais touradas a partir de 2012.
Entre os conferencistas estrangeiros estarão Carlos Romeo Casabona (Universidade de Bilbao), Marita Candela (Universidade Autônoma de Barcelona), Carmem Velayos (Universidade de Salamanca), David Favre (Michigan State University), David Cassuto (Pace University), Steven Wise (Vermont University), Pamela Frasch e Kathy Hessler (Lewis & Clark University), e o filósofo Peter Singer (Princeton University). Juntar-se-ão a estes mais de cinquenta palestrantes nacionais, representantes dos mais diversos campos do conhecimento, que estarão democraticamente apresentando suas posições durante o congresso.Dentre eles, o Ministro Antonio Herman Benjamin (STJ), Maria Auxiliadora Minahim (UFBA), Vânia Tuglio e Laerte Levai (MP-SP), Daniel Lourenço (UFRRJ), Edna Cardoso (UFMG), Fábio de Oliveira (UFRJ), Alfredo Magliore e Paulo Magno Dourado (USP), Marly Winkler (SVB), Silvana Andrade (ANDA), George Guimarães e Tamara Bauab (VEDDAS), Fernanda Medeiros (PUC-RS), Daniele Tetü (PUC-PR), além dos juízes Laura Scaldaferri e Ana Barbuda (TJ-BA), Mônica Aguiar e Saulo Casali (Justiça Federal), Maria das Graças Silva, Luciano Santana e Antonio Leal (MP-BA), Sergio Nogueira Reis e Ana Rita Tavares (OAB-BA), Rodolfo Pamplona (Justiça do Trabalho), Edivaldo Boaventura (Academia de Letras da Bahia), Gerson Norberto (SEMA), Nelson Cerqueira (Faculdade Thomaz de Aquino), Sueli Custódio e Tagore Trajano (Unijorge).
Com efeito, o Brasil não poderá consolidar sua vocação de liderança no cenário global se seus intelectuais e cientistas não tiverem a oportunidade de produzir conhecimento de qualidade sobre problemas que já estão há muitas décadas na agenda das nações desenvolvidas. O aborto, por exemplo, há muito exige uma solução, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que no Brasil duzentas mil mulheres são hospitalizadas, a cada ano, por complicações decorrentes de abortos clandestinos, o que significa uma em cada cinco em idade fértil. Em recente artigo, a revista “Time” adverte que, apesar dos esforços do Governo Federal, os índices de mortalidade materna permanecem estagnados há 15 anos, o que está intimamente ligado aos abortamentos clandestinos.Outro tema importante é a utilização da energia nuclear como fonte alternativa para o enfrentamento do aquecimento global, posição que sempre foi combatida pelos ambientalistas, mas que vem sendo defendida por James Lovelock, considerado um ecologista radical. Por outro lado, os direitos dos animais têm se constituído em um dos mais polêmicos debates da atualidade e cientistas ao redor do mundo já reconhecem que o Brasil vem tendo papel de destaque na matéria, ao lado dos EUA e da Espanha, onde recentemente o Parlamento da Catalunha proibiu as tradicionais touradas a partir de 2012.
Entre os conferencistas estrangeiros estarão Carlos Romeo Casabona (Universidade de Bilbao), Marita Candela (Universidade Autônoma de Barcelona), Carmem Velayos (Universidade de Salamanca), David Favre (Michigan State University), David Cassuto (Pace University), Steven Wise (Vermont University), Pamela Frasch e Kathy Hessler (Lewis & Clark University), e o filósofo Peter Singer (Princeton University). Juntar-se-ão a estes mais de cinquenta palestrantes nacionais, representantes dos mais diversos campos do conhecimento, que estarão democraticamente apresentando suas posições durante o congresso.Dentre eles, o Ministro Antonio Herman Benjamin (STJ), Maria Auxiliadora Minahim (UFBA), Vânia Tuglio e Laerte Levai (MP-SP), Daniel Lourenço (UFRRJ), Edna Cardoso (UFMG), Fábio de Oliveira (UFRJ), Alfredo Magliore e Paulo Magno Dourado (USP), Marly Winkler (SVB), Silvana Andrade (ANDA), George Guimarães e Tamara Bauab (VEDDAS), Fernanda Medeiros (PUC-RS), Daniele Tetü (PUC-PR), além dos juízes Laura Scaldaferri e Ana Barbuda (TJ-BA), Mônica Aguiar e Saulo Casali (Justiça Federal), Maria das Graças Silva, Luciano Santana e Antonio Leal (MP-BA), Sergio Nogueira Reis e Ana Rita Tavares (OAB-BA), Rodolfo Pamplona (Justiça do Trabalho), Edivaldo Boaventura (Academia de Letras da Bahia), Gerson Norberto (SEMA), Nelson Cerqueira (Faculdade Thomaz de Aquino), Sueli Custódio e Tagore Trajano (Unijorge).
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